CNC aumenta expectativa de crescimento do varejo
O volume de vendas do varejo ampliado – que inclui alimentos, combustíveis, veículos automotores e materiais de construção – avançou 1,4% em fevereiro deste ano, na comparação mensal e já com ajustes sazonais. O dado, da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada dia 12 de abril pelo IBGE, mostra que, com a revisão dos últimas informações divulgadas pelo próprio instituto, o setor engrenou uma sequência de quatro altas consecutivas, fato que não ocorria desde novembro de 2014.
Os melhores resultados mensais de fevereiro foram registrados pelos segmentos de móveis e eletrodomésticos (+3,8%) e pelas lojas de vestuário (+1,5%). Em ambos os casos, os preços médios praticados registram deflação no mês (-0,1% em relação a janeiro). Na média, a variação dos preços dos dez segmentos pesquisados ficou em -0,4%. Dessa forma, o setor continua sem registrar aumento de preços desde setembro do ano passado (+0,3%). No trimestre encerrado em fevereiro, o crescimento médio das vendas reais foi o maior (+1,5%) desde dezembro de 2012 (+1,8%).
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apesar de resultados positivos em dois dos dez segmentos cobertos pela PMC, a recuperação do setor continua dependente, de forma mais ampla, da regeneração das condições de consumo. Mais especificamente ao processo de desinflação, que deve se somar a intensificação da queda nas taxas de juros ao consumidor para que, quando da retomada do nível de emprego, o setor possa consolidar sua recuperação. Sendo assim, a CNC revisou sua projeção anterior de +1,2% para +1,5% ao final de 2017. “Além do recuo dos preços nos últimos meses, o início do processo de barateamento do crédito começa a produzir efeitos positivos em segmentos mais dependentes das condições de venda a prazo”, aponta Fabio Bentes, economista da Confederação. São os casos dos ramos de vestuário e de materiais de construção, em que já se registram crescimentos na comparação com o primeiro bimestre do ano passado (+1,2%, em 2017, contra -12,3% e +1,4% contra 14,8%, respectivamente).
Fonte: CNC