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Varejo tem queda de 0,5% no segundo trimestre

Assessoria de Comunicação

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11/08/2016 11h08 - Atualizado
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varejoO varejo brasileiro registrou uma queda menos intensa nas vendas do terceiro trimestre. Segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados hoje pelo IBGE, o volume de vendas no varejo restrito acumulou uma queda de 0,5% de abril a junho de 2016. O resultado ainda é negativo, mas é a menor queda trimestral desde o terceiro trimestre de 2014.

“Por trás da queda menos intensa das vendas há um processo de desaceleração da inflação. Nos três primeiros meses do ano, por exemplo, a inflação medida pela PMC nos oito segmentos que compõem o varejo restrito acumulou alta de 4,9%”, afirmou o economista da CNC Fabio Bentes.

Com esse resultado, a CNC tem uma expectativa menos negativa para o segundo semestre do ano e revisou a previsão para o varejo restrito de -5,6% para -5,4% ao final de 2016. Também houve revisão da projeção para o varejo ampliado (que engloba automóveis e materiais de construção) de -10,6% para -9,8%. Em ambos os casos, a percepção da entidade é de que 2016, inevitavelmente, marcará o pior ano do varejo desde o início da PMC.

Pior primeiro semestre da história

Apesar da reação no segundo trimestre do ano, o setor ainda se encontra longe de qualquer recuperação, segundo a análise da CNC. Pelo terceiro mês seguido, todos os ramos pesquisados registraram quedas em relação ao mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos ficaram por conta das contribuições dos segmentos de veículos, motos, partes e peças (-15,2% em relação a junho de 2015) e de materiais de construção (-9,8%), que juntos responderam por 63% das perdas nessa base comparativa.

A análise semestral aponta a primeira metade de 2016 como a pior da história da PMC em ambos os conceitos pesquisados. No conceito restrito, a queda de 7,0% em relação ao primeiro semestre de 2015 é significativamente pior do que os -2,2% registrados na primeira metade do ano passado e do que os -5,6% da primeira metade de 2003 – o primeiro semestre mais fraco até então.

Fonte: CNC