Intenção de Consumo aumenta 0,5%
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em novembro, ficou em 74,3 pontos. Embora o resultado mostre um avanço de 0,5% em relação a outubro, na comparação anual ainda existe uma queda de 2,8% e o índice ainda permanece em um nível menor que 100 pontos, abaixo da zona de indiferença, o que indica uma percepção de insatisfação com a situação atual.
– A demora para que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho e a consequente melhora da situação financeira das famílias tem levado à sustentação de um comportamento cauteloso por parte do consumidor. Como resultado, embora os indicadores de confiança estejam avançando, ainda não existe, de fato, uma retomada do consumo – explica o economista da CNC Bruno Fernandes.
Atualidade
Único componente acima da zona de indiferença, Emprego Atual ficou com 105,6 pontos e se manteve estável em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve aumento de 1%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao Emprego Atual é de 30,9%.
Já o componente que mede o Nível de Consumo Atual cresceu 2,9% em relação a outubro e ficou em 48,9 pontos. Na comparação com novembro de 2015, o índice caiu 11,4%. A maior parte das famílias (62,8%) declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.
Com 66,8 pontos, o Acesso ao Crédito se manteve estável na comparação mensal e apresentou redução de 10,4% em relação a novembro de 2015. Já o item Momento para Duráveis, influenciado, sobretudo, pelas altas taxas de juros, ficou em 46,9 pontos. Apesar de ter crescido 1,8% ante outubro, recuou 3,1% ante o mesmo período do ano passado. A maior parte das famílias – 73,3% – considera o momento atual desfavorável para aquisição de duráveis.
Expectativa
As famílias apresentaram estabilidade nas Perspectivas Profissionais na comparação mensal. Com 98,8 pontos, o componente apresentou aumento de 2,3%, em relação ao mesmo período do ano passado. Do total das famílias, 45,7% consideram negativo o cenário para os próximos seis meses.
Com a maior variação positiva na comparação anual (+6,5%), o item Perspectiva de Consumo também registrou aumento na comparação mensal (+ 1,6%) e ficou em 63,8 pontos.
Embora haja um processo de retomada gradual da confiança de consumidores e empresários, a CNC revisou suas expectativas de queda do varejo restrito de -5,4% para -6,0% e do ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, de -9,5% para -9,0% ao final de 2016.
Fonte: CNC