Cresce a confiança dos empresários de São Luís
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgado mensalmente pela Federação do Comércio do Maranhão (Fecomércio), apresentou para o mês de novembro em São Luís alta de 1,34% em relação ao mês anterior e aceleração de 12,05% em relação ao mesmo período de 2015. Os números positivos no mês refletem a tendência de elevação contínua desse indicador na capital maranhense que é observada desde maio de 2016. Além disso, em novembro o ICEC atingiu 106 pontos, considerado o mais alto nível do indicador registrado desde fevereiro de 2015, quando o grau de confiança dos empresários do comércio de São Luís alcançou 113,1 pontos.
De acordo com a Fecomércio, entre os fatores que contribuem para o aumento do otimismo do empresário estão a proximidade da maior data comemorativa do varejo que é o Natal e, consequentemente, as possibilidades reais de aumento das vendas proporcionadas por essa data. “A economia vem dando sinais de estabilização mês a mês e isso vai favorecendo a retomada da confiança dos empresários. Com o índice de inflação convergindo para o centro da meta do Governo Federal e a decisão de redução dos juros básicos pelo Banco Central, a perspectiva é que a atividade comercial volte a crescer nesse período de fim de ano e, com isso, possa gerar empregos”, avalia o presidente em exercício da Fecomércio, Marcelino Ramos Araújo.
Evolução mensal
A elevação de 1,34% no nível geral de confiança do empresário do comércio de São Luís em novembro na comparação com outubro do mesmo ano é baseado na média de três indicadores que compõe o ICEC: o Índice de Condições Atuais, o Índice de Expetativas Futuras e o Índice de Investimento. Por sua vez, cada um desses índices é composto por três subitens específicos.
No caso do Índice de Condições Atuais, o indicador registrou em novembro 58,7 pontos, o menor entre todos os índices que compõem o indicador ICEC, representando uma retração de 0,7% na comparação com outubro. Na base desse índice, o único subitem que revelou um avanço na relação mensal foi direcionado às Condições Atuais da Economia que subiu 2,3%. Por outro lado, o subcomponente relacionado às Condições Atuais do Comércio manteve-se estável e em relação às Condições Atuais das Empresas Comerciais houve recuo de -3,05%.
Já quanto ao Índice de Expectativas Futuras do empresário do comércio, o indicador alcançou 165,6 pontos, sendo o principal responsável pela manutenção do nível geral do ICEC acima dos 100 pontos, considerada a faixa de indiferença quanto ao otimismo ou pessimismo do empresário. Na comparação mensal, esse índice apontou para uma elevação na confiança dos empresários de 0,98%. Entre os subitens desse indicador destacaram-se as Expectativas com a Economia Brasileira (+1,0%), as Expectativas com o Comércio (+0,49%) e as Expectativas com as Empresas Comerciais (+1,37%).
“O crescimento do otimismo do empresariado de São Luís está ligado diretamente com a visão de futuro do empreendedor, que compreende que ainda vive reflexos da crise econômica que assolou o país nos últimos dois anos, mas que as perspectivas para o futuro próximo já estão bem melhores e com claras probabilidades de reaquecimento do mercado local a partir do segundo trimestre do ano que vem”, explica o presidente Marcelino Ramos Araújo.
O ICEC também avalia a intenção de investimento do empresário do comércio, que no mês de novembro marcou 93,9 pontos e apresentou aumento de 3,41% em relação ao mês anterior. Na decomposição desse índice, o principal responsável por esse crescimento foram as perspectivas de Contratação de Funcionários, que marcou 117,8 pontos e se elevou fortemente em 10,09%. No entanto, o índice foi puxado para baixo pelos subcomponentes de perspectivas de Investimento das Empresas (-0,78%) e Situação Atual dos Estoques (-1,01%), que registraram apenas 76,0 e 88,0 pontos na escala do índice.
Segundo a Fecomércio, em relação especificamente às intenções de investimento o indicador demonstra que, apesar do índice permanecer abaixo da zona de 100 pontos, os empresários já estão mais preocupados em aumentar a capacidade de atendimento em função do crescimento da demanda naturalmente proporcionada pelas festividades de fim de ano com a contratação de mão de obra temporária, no entanto, o fraco desempenho do comércio ao longo do ano resultou em altos níveis de estoques atuais para as empresas, o que vem afetando a confiança dos empresários quanto à possibilidade de conseguir reduzir densamente essas mercadorias estagnadas e, consequentemente, vem freando os investimentos na aquisição de novas mercadorias.
Fonte: Ascom