CNC projeta alta de 0,7% para o setor de serviços em 2018
O setor de serviços encerrou 2017 com queda de 2,8% no volume de receitas, na comparação com ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. Com esse resultado, o setor, que havia registrado queda recorde no faturamento real no ano passado (-5,0%), acumulou perda de 11,8% nos três últimos anos. A última vez que o volume de receitas de serviços avançou foi em 2014 (+2,5%).
Os destaques negativos de 2017 ficaram por conta de segmentos que se comportam como termômetros dos investimentos, tais como Serviços Administrativos e Complementares (-7,3%), além do grupo Outros Serviços (-8,9%), que engloba predominantemente atividades imobiliárias, de reparação e serviços públicos. Já os serviços prestados às famílias fecharam 2017 com perda de 1,1%, melhor resultado desde 2013 (+0,4%). Serviços de informação e comunicação (-2,0%) e de transportes (-2,3%) também apresentaram recuos abaixo da média.
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a fraca base comparativa de 2017, associada à expectativa de maior crescimento econômico, a queda dos juros na ponta e a reação do emprego deverão criar condições para que a receita real do setor reaja favoravelmente ao longo do ano, principalmente pela via do consumo. Entretanto, as incertezas que, naturalmente, derivam do quadro eleitoral deste ano não deverão permitir que os investimentos alavanquem a capacidade de geração de receitas do setor de forma significativa neste ano. Assim, para 2018, a CNC projeta alta de 0,7% no volume médio de receitas das atividades envolvidas na PMS.
“Embora, do ponto de vista dos preços, o setor de serviços tenha registrado em 2017 sua menor inflação anual, de +4,5%, desde o ano 2000, quando houve registro de +3,1%, o fraco desempenho das atividades voltadas para os investimentos prolongou a recessão no setor terciário. Segundo dados das contas nacionais, o avanço de 1,6% na formação bruta de capital fixo, no terceiro trimestre do ano passado, nem de longe repõe a perda de 30% nos investimentos acumulada nos 15 trimestres anteriores”, explica Fabio Bentes, economista da Confederação.
Fonte: CNC