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Intenção de consumo das famílias brasileiras volta a subir em maio

Assessoria de Comunicação

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01/06/2018 14h06 - Atualizado
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icf maioA Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 87,1 pontos em maio de 2018, registrando crescimento de 0,2% em relação ao mês passado. Já na comparação anual, a alta foi de 12,1%. Apesar da melhora a partir de outubro de 2016, a ICF se apresenta abaixo de 100 pontos desde maio de 2015, mostrando a permanência da insatisfação das famílias com a crise econômica.

“O desequilíbrio das finanças públicas, a baixa capacidade de recuperação econômico-financeira de alguns estados, a burocracia e o nível de juros reais continuam afetando investimentos e consumo privados”, explica o economista da CNC Antonio Everton Chaves Junior.

Mercado de trabalho

O componente Emprego Atual registrou 112,8 pontos, com queda de 0,1% em relação ao mês passado, porém aumento de 4,0% na comparação com 2017. Já o percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual se manteve estável nos 33,4%.

Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, o indicador aumentou 0,4% na comparação com abril e se manteve 5,0% maior em relação a igual período do ano passado. Desde abril de 2017, é a quarta vez que o indicador fica acima da zona de indiferença, alcançando 103,8 pontos.

Consumo

Tanto na comparação mensal como na anual, o Nível de Consumo Atual registrou aumento de 1,6% em relação ao mês passado e 23,3% na comparação com maio de 2017. Já o componente Momento para Duráveis apresentou queda de 2,5% no comparativo mensal, mas em relação ao ano passado a alta registrada foi de 19,0%. O estudo aponta que o índice segue abaixo da zona de indiferença, com 61,3 pontos.

“Se por um lado a estabilidade dos preços pode ser um fator de atração para o consumo, por outro as famílias ficaram hesitantes à demanda de duráveis por causa dos juros, uma vez que o nível de endividamento encontra-se alto”, afirma Antonio Everton.

O levantamento da CNC mostra ainda que o subíndice Renda Atual alcançou 99,8 pontos e o componente Acesso ao Crédito teve queda de 1,2% na comparação mensal e aumento de 13,9% em relação a maio de 2017. Apesar da melhora de todos os subíndices em relação ao ano passado, a maior parte das famílias, 52,1%, declarou estar com o nível de consumo menor do que em 2017.

Perspectivas para 2018

A aceleração do ritmo das vendas em relação ao ano passado neste começo de ano levou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de +5,0% para +5,4% sua projeção relativa ao aumento das vendas em 2018. Compõe o cenário percebido pela entidade o barateamento do crédito em um ambiente de inflação baixa. A perspectiva de melhora no mercado de trabalho, ainda que gradual, além de medidas capazes de melhorar a qualidade de concessão de crédito, como a aprovação do cadastro positivo, poderá criar condições mais satisfatórias para que o consumo cresça em relação ao resultado de 2017.

SÃO LUÍS

O nível de intenção de consumo das famílias ludovicenses permanece no patamar de pessimismo no mês de maio ao pontuar 95,2 pontos, alcançando a terceira queda mensal consecutiva. O índice registrou queda de -1,55% em relação ao mês anterior e desaceleração de -1,75% na comparação com o mesmo período do ano passado. O componente que mais contribuiu para a redução mensal continua sendo a percepção dos consumidores quanto ao momento para aquisição de bens duráveis, que recuou -21,9%, seguido da renda atual (-2,6%) e acesso ao crédito (-2,6%). Por outro lado, os componentes que avaliam o emprego atual (+2,0%), perspectiva profissional (+1,2%), consumo atual (+2,9%) e perspectiva de consumo (+1,7%) apresentaram variações positivas.