Percentual de famílias com dívidas apresenta crescimento em julho
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias com dívidas alcançou 59,6% em julho, apresentando alta em relação aos 58,6% observados em junho – a primeira registrada em 2018. Porém, houve redução na comparação anual, quando o indicador alcançou 60,2% do total de famílias.
O estudo mostra que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso se manteve estável em 23,7%, registrados também no mês de junho. Entretanto, houve queda do percentual de famílias inadimplentes em relação a julho de 2017, que havia alcançado 25,5% do total.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também ficou estável em 9,4% entre junho e julho de 2018, apresentando queda em relação aos 9,9% de julho de 2017.
“Apesar do aumento pontual, o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos”, diz a economista da CNC Marianne Hanson.
O cartão de crédito, mais uma vez, aparece como principal tipo de dívida, apontado por 77,7% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (13,9%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (10,6%).
Nível de endividamento
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas apresentou um pequeno aumento em relação a junho, passando de 13,0% para 13,2% do total de entrevistadas. Já na comparação anual, houve queda de 1,4 ponto percentual.
SÃO LUÍS
O índice de endividamento das famílias de São Luís apresentou variação positiva de +4,5%, reforçando a percepção do consumidor mais favorável para a aquisição de bens duráreis. Com 57,4% das famílias indicando possuir algum tipo de dívida em julho, revela-se, em termos absolutos, que 174.868 consumidores utilizaram modalidade de crédito para financiar o consumo. Entretanto, o crescimento do uso do crédito e, consequentemente, do endividamento no mês de julho, veio acompanhado do avanço da inadimplência, ou seja, consumidores que não conseguiram pagar as dívidas. Do total de endividados, 31,0% das famílias indicaram que estão com dívidas em atraso, perfazendo um total de 94.478 consumidores em situação de inadimplência, o que representa um crescimento +9,5% sobre o mês de junho. O que mais vem pesando sobre o orçamento das famílias são as dívidas no cartão de crédito (73,3%), seguido dos carnês (19,3%) e os financiamentos automotivos (7,5%) e imobiliários (7,2%).