CNC eleva previsão de vendas pela 1ª vez desde maio
Após a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da alta de 4,2% do comércio varejista em agosto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo(CNC) revisou de +4,3% para +4,5% sua estimativa de crescimento do setor este ano. Foi a primeira revisão positiva desde a greve dos caminhoneiros em maio.
Para a entidade, a liberação de recursos do PIS/PASEP ajudou nas vendas em agosto, injetando no consumo aproximadamente R$ 10,3 bilhões do total sacado nos meses de agosto e setembro, segundo estimativa da própria Confederação. Esse cenário se baseia na percepção de que a economia e o mercado de trabalho seguem em recuperação lenta, e de que as taxas de juros mantêm tendência de queda pelo menos até o fim do ano. Além disso, a taxa de câmbio, que havia apresentado elevação de quase 20% entre maio e agosto, arrefeceu nas últimas semanas, situando-se atualmente no menor patamar dos últimos dois meses. No entanto, passado o “efeito PIS/PASEP”, o setor deverá voltar a enfrentar dificuldades para sustentar o ritmo de crescimento, mesmo considerando a possibilidade de o varejo brasileiro avançar em 2018 um pouco mais do que no ano passado, quando registrou +4%.
PMC
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, em agosto o volume de vendas nos dez segmentos que integram o comércio varejista brasileiro avançou 4,2% em relação a julho. Essa foi a maior taxa mensal desde que a PMC passou a incorporar os desempenhos dos segmentos automotivos e de materiais de construção, em 2003. Destacaram-se as variações apuradas pelos segmentos de vestuário (+5,6%) - melhor resultado desde fevereiro de 2017 (+12,7%) - e o comércio automotivo (+5,4%). Este último ainda foi beneficiado pela redução nas taxas de juros do financiamento de veículos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o resultado de agosto (+6,9%) também surpreendeu positivamente, representando a maior variação do faturamento real desde o último mês de abril (+8,8% ante abril de 2017). Novamente destacou-se o comércio automotivo (+15,9%), além do ramo de farmácias, perfumarias e cosméticos (+7,4%).
Fonte: Ascom