CNC prevê alta de 2,3% para o PIB em 2019
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que, em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) deve apresentar um crescimento de 2,3% em relação ao ano passado. A estimativa foi atualizada após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar os resultados das Contas Nacionais, apontando crescimento de 1,1% do PIB brasileiro em 2018.
Para a CNC, a percepção é que as condições favoráveis à retomada do crescimento estão preservadas, mas ainda há espaço para a queda das taxas de juros, dado o patamar atual confortavelmente baixo da meta de inflação. A previsão da entidade leva em consideração um cenário no qual, ao fim de 2019, a inflação esteja próxima a 3,85%.
Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, reativar o mercado de trabalho será uma das questões essenciais para o desempenho positivo no ano corrente. “A despeito do recuo da taxa de desemprego, o mercado tem apresentado níveis recorde de subutilização da força de trabalho e informalidade elevada. A trajetória de recuperação que o País tem pela frente, após a pior recessão da sua história, será, portanto, longa”, afirmou Bentes.
Resultados de 2018 em níveis pré-crise
Apesar de consolidar a tendência de recuperação da economia, as marcas deixadas pela última recessão custarão a ser apagadas. Nos anos de 2015 e 2016, o PIB acumulou perdas de 7,0%, encontrando-se, ao final do último trimestre de 2018, 4,4% abaixo do nível verificado antes da crise.
Do ponto de vista da produção, o maior responsável pelo avanço da economia brasileira foi o setor de serviços (+1,3%) – o que não acontecia desde 2012. As atividades imobiliárias (+3,1%) e o comércio (+2,3%), entretanto, foram os maiores destaques da geração de riqueza no ano passado.
Já o setor agropecuário, que em quatro dos cinco anos anteriores havia se destacado positivamente, experimentou um crescimento menor em 2018 (+0,1%), superado, inclusive, pelo avanço do PIB da indústria (+0,6%).
Fonte: CNC