A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,6% para 5,4% a previsão de crescimento do comércio para 2019. A atualização foi realizada após a divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que apontou uma alta de 3,5% no varejo ampliado em janeiro, percentual inferior aos +6,5% verificados no mesmo mês do ano passado.
Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, o atual patamar dos juros no Brasil é um fator que contribui para a demora no processo de retomada econômica. “Além da necessidade de maior estímulo pela via do crédito, a melhora das condições de consumo tem esbarrado na lentidão da reativação do emprego”, afirmou Bentes.
Com esse cenáro, a Confederação estima que a plena recuperação do setor, aos níveis de vendas pré-crise, somente será alcançada na primeira metade de 2021. Apesar dos avanços verificados em 2017 (+4,0%) e 2018 (+5,0%), o volume mensal das vendas do varejo ainda se encontra 11,4% aquém do período anterior à recessão.
Destaques
No mês de janeiro, o comércio automotivo teve o melhor desempenho, com alta de 8,8% em relação a dezembro do ano passado. O setor é um dos que se beneficiam da queda no custo do crédito para o financiamento dos veículos, cuja taxa média atual (22,7% ao ano) é a menor para meses de janeiro desde 2013 (20,5%).
Também se destacaram positivamente os ramos de farmácias e perfumarias (+7,2%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+6,4%). Entre os segmentos que registraram perdas expressivas estão as livrarias e papelarias (-27,3%) e o ramo de móveis e eletrodomésticos (-2,8%).
Fonte: CNC