Cai confiança dos empresários do comércio no país
A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) mostrou recuo de 1,5%, em abril, ficando em 125,2 pontos. Esse número ainda está acima da zona de satisfação (100 pontos), mas é menor que os 127,1 pontos do mês de março, na primeira queda do índice desde agosto do ano passado.
Os fatores determinantes para essa queda foram justamente os subíndices que medem as expectativas dos empresários (IEEC), que recuou 2,3%, em relação a março, e a intenção de investimentos (IIEC), que caiu 1,9%, já que, em relação à satisfação com as condições atuais (Icaec), houve até uma leve melhora, de 0,4%, em relação ao mesmo período do mês anterior.
Segundo a pesquisa, 58,2% dos varejistas veem a situação atual do comércio melhor que há um ano, indicando o maior grau de satisfação para meses de abril desde 2011, quando 61,1% se declararam satisfeitos com o ritmo das vendas.
“As vendas do comércio do início do ano apresentaram as maiores taxas de crescimento desde 2014, o que gerou expectativas positivas para 2019”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “No entanto, a perda na força das vendas e o ritmo das medidas que poderiam dar sustentabilidade à retomada do crescimento, como a reforma da Previdência, vêm contribuindo para um cenário de cautela do empresário, o que se reflete na queda do Icec”, completou.
Outro fator de destaque no resultado da pesquisa da CNC é o mercado de trabalho, que, influenciado pela cautela nos investimentos, apresenta graus de informalidade e subtilização da força de trabalho em patamares significativamente elevados.
Um em cada quatro varejistas ainda vê estoques acima do adequado
Atualmente, 24,4% dos empresários do varejo percebem acúmulo involuntário de estoques nos seus estabelecimentos comerciais – nível semelhante ao de março (24,3%), porém abaixo daquele observado em abril do ano passado, que foi de 27,4%.
Entre os entrevistados, 70,3% relataram disposição para contratar funcionários nos próximos meses, enquanto 47,4% têm planos de investir em novas lojas ou ampliação dos pontos de venda atuais.
Com perspectiva de crescimento ligeiramente maior neste ano (+5,2%) em relação ao ritmo verificado em 2018 (+5,0%), a CNC projeta saldo positivo de 109 mil postos de trabalho formal no varejo e abertura líquida de 23,3 mil novos pontos de venda em 2019.
Fonte: CNC