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CNC reduz pela sexta vez expectativa de crescimento do varejo

Assessoria de Comunicação

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15/07/2019 10h07 - Atualizado
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Apesar da alta no faturamento do comércio varejista ampliado de 0,2% em maio, em relação a abril, apontado pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reduziu de +4,5% para +4,2% sua expectativa de crescimento do varejo ampliado. Essa foi a sexta redução mensal consecutiva na expectativa para o desempenho do varejo ampliado.

O varejo restrito, que exclui os segmentos automotivo e de materiais de construção, recuou 0,1% em maio, e só cresceu uma vez nos últimos quatro meses (+0,1% em março). “Apesar do terceiro avanço mensal do volume de vendas, o ritmo idêntico ao observado em abril sinaliza um segundo trimestre ainda fraco, do ponto de vista do consumo”, destaca o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes. 

Na comparação anual, o varejo ampliado registrou alta de 6,4%, e o varejo restrito de 1,0%. Mas a base de comparação foi afetada pela greve dos caminhoneiros, que provocou recuo mensal de 5,3% em maio de 2018, prejudicando a real mensuração do crescimento anual do setor. No acumulado do ano, o menor ritmo de expansão do varejo ampliado (+3,3%), em relação a 2018 (+6,3%), evidencia dificuldade de crescimento da economia em 2019. “No caso do comércio varejista, a maior dificuldade na retomada do nível de atividade advém da lenta recuperação do emprego”, destaca Fabio Bentes.

A expectativa da CNC é de que, na segunda metade do ano, após a reforma da Previdência e o início da reforma tributária, se somem medidas positivas do governo que estimulem a reativação da economia. Neste cenário, o setor poderia crescer entre 4,5% e 5,0% na segunda metade de 2019, encerrando o ano corrente com avanço de 4,2%. Já no conceito restrito, a entidade projeta alta de 2,1% em relação ao ano de 2018.

Segmentos do varejo

Os segmentos de vestuário, com alta de +1,7% no volume de vendas e o de hiper e supermercados, com alta de +1,4%, se destacaram positivamente em razão dos preços. Segundo o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os alimentos ficaram em média 0,56% mais baratos em maio. Já no ramo do vestuário a inflação (+0,34%) foi a menor para meses de maio desde 2001 (+0,14%).