Notícias

Pessimismo do consumidor será desafio para comércio

Assessoria de Comunicação

Assessoria de Comunicação

01/06/2020 16h06 - Atualizado
Compartilhe

O nível de intenção
de consumo das famílias de São Luís, medido mensalmente pela Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA),
apresentou um recuo de -25,3% no mês de maio em comparação ao mesmo período do
ano passado. Na passagem mensal de abril para maio, a queda no otimismo dos
consumidores ludovicenses foi de -12,7%.

Com 74,9 pontos, em
uma escala que vai de 0 a 200 pontos, a intenção de consumo na capital
maranhense apresentou o menor resultado da série histórica do índice que
começou em janeiro 2010.

Todos os
subcomponentes que formam o indicador apresentaram variação mensal negativa,
com destaque para a avaliação do consumidor quanto ao momento para aquisição de
bens duráveis (-23,8%), o nível de consumo atual (-18,8%), a perspectiva
profissional (-17,6%) e as perspectivas de consumo (-16,4%).

“Os setores de
eletrodomésticos, móveis, veículos e produtos de valor agregado mais elevado
terão um grande desafio pela frente, apesar de já estarem com autorização para
reabertura. A deterioração do mercado de trabalho e da renda do consumidor vai
criar um cenário de bastante pessimismo para o consumo”, avalia o presidente da
Fecomércio-MA, José Arteiro da Silva.

Empregos

Um dos fatores que
agravaram o pessimismo dos consumidores ludovicenses foi a movimentação
negativa do mercado de trabalho no mês de abril. A capital maranhense registrou
um saldo negativo de -1.982 postos formais de trabalho, com destaque para o
comércio e a construção civil, que eliminaram -918 e -747 empregos com carteira
assinada, respectivamente.

No mês de março,
quando foram registrados os primeiros casos da COVID-19 em São Luís, esses dois
setores já haviam registrado a redução de -760 vagas de emprego, sendo -440
postos no comércio e -320 na construção civil.

“As incertezas do cenário
econômico influenciado pela crise de saúde pública fizeram com que as empresas
demitissem para reduzir suas despesas. Este é o momento do Governo, durante o
processo de retomada das atividades, oferecer segurança para os investimentos
privados, com protocolos claros, prazos definidos e previsibilidade em suas
ações”, enfatiza o empresário José Arteiro.

Para a Federação do
Comércio, uma das entidades que tem participado ativamente da construção dos
protocolos sanitárias que estão possibilitando a retomada das atividades
econômicas na Ilha de São Luís, este é um momento de empresas, trabalhadores e
a sociedade civil como um todo estar organizada e engajada para cumprir as
regras de segurança sanitária. “Se todos cumprirem os protocolos, se todos
estiverem conscientes do seu papel social, teremos uma retomada econômica mais
rápida, sem interrupções, gerando confiança para os investimentos, recuperação
do mercado de trabalho e reativação da renda da população”, finaliza o
presidente da Fecomércio-MA.