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Fecomércio estima 2.600 novas vagas de emprego no Maranhão neste fim de ano

Assessoria de Comunicação

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04/11/2022 10h11 - Atualizado
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O Maranhão pode alcançar de 2.645 novas vagas, sendo 658 postos somente em São Luís, representando um possível crescimento de +0,76% no saldo de empregos.

A projeção para o mercado de trabalho do comércio varejista apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) aponta que no último trimestre deste ano o estado pode alcançar uma ampliação de 2.645 novas vagas, sendo 658 postos somente na capital maranhense, o que pode representar um crescimento de +0,76% no saldo de empregos, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esta previsão foi obtida com base na avaliação do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) e do desempenho dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em outubro, o Icec de São Luís, medido mensalmente pela Fecomércio-MA, marcou 138,9 pontos. Na comparação com setembro, o indicador cresceu +4,1%, puxado, principalmente, pela avaliação que os empresários fazem das condições atuais da economia (+7,5%) e pela intenção de contratação de empregados (+6,4%).

O levantamento é um antecedente de expectativas do setor empresarial da capital e avalia o nível de confiança do setor, medida em uma escala 0 a 200 pontos, posicionando a zona de otimismo acima de 100 pontos. O bom desempenho da passagem de setembro para outubro demonstra o reflexo da redução do custo com combustíveis na operação dos negócios comerciais, traduzindo uma melhora econômica direta na avaliação do setor. Além disso, a chegada do último trimestre de 2022 e a aproximação do pico das vendas de fim de ano, fazem acelerar a expectativa de contratação de novos empregados.

Em relação ao mesmo período de 2021, a perspectiva de ampliação dos quadros de colaboradores segue estável (+0,8%). No último trimestre do ano passado, o comércio varejista gerou saldo de +652 novos postos de trabalho em São Luís e de +2.625 vagas com carteira assinada em todo o estado, segundo os dados do Caged.

“A desaceleração da economia brasileira, com o esgotamento do boom pós-pandemia e o arrefecimento do mercado internacional são alguns fatores que explicam este desempenho pouco expressivo do mercado de trabalho do comércio maranhense nos próximos meses, em relação ao ano passado, com ligeiro aumento no saldo de empregos”, avalia o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.

Otimismo empresarial nos últimos meses

Apesar da trajetória crescente no otimismo do comerciante, o período eleitoral e o conturbado momento da economia brasileira nos últimos 12 meses, atrasaram o ímpeto empresarial por lançar projetos com maior volume de investimentos no período das datas comemorativas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. A pesquisa da Fecomércio-MA mostra que ainda há um pessimismo em relação à avaliação que os empresários fazem da situação atual dos seus estoques, com 94,5 pontos no levantamento de outubro.

“O teto da recuperação econômica pós-pandemia, caracterizado pela limitação da liquidez massiva de recursos por conta da antecipação do 13° salário, saque do FGTS e o Auxílio Brasil, esgotaram os principais pilares do consumo nacional, tendo reflexo também no Maranhão” finaliza Feijó.

Consumo estagnado

Por conta deste cenário de falta de disponibilidade da renda do consumidor para novas compras, a expectativa de consumo local tem se mantido represada nos últimos meses. Isto é observado na cautela das famílias com relação à intenção de ir às compras, que segue pautada fundamentalmente apenas nos itens de consumo essencial.

Desse modo, a tendência é que o período sazonal de fim de ano mantenha a trajetória de 2021, sem apresentar grandes recuperações no volume de vendas. A reversão desse cenário passa por uma retomada da forte disponibilidade de liquidez na economia no mês de novembro, findado o período eleitoral.

Fonte: Ascom