CNC projeta queda de 0,5% nas vendas do setor de serviços este ano
O volume de receitas do setor de serviços avançou 1,0% em abril na comparação com março, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada no últino dia 14 de junho pelo IBGE. A alta de abril representa o melhor resultado do setor de serviços desde novembro de 2017, quando registrou +1,0%. Na comparação com abril de 2017, as receitas de serviços teve alta de 2,2%, a maior desde março de 2015. E com o resultado divulgado pelo IBGE, impulsionado pelo avanço do grupo transportes (+4,4%), o volume de receitas das atividades envolvidas na pesquisa registrou seu melhor resultado para meses de abril desde 2013 (+7,9%).
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ainda não é possível confirmar o início do processo de recuperação do nível de atividade nos serviços. Nos quatro primeiros meses do ano, o setor acumulou retração de 0,6% ante o mesmo período de 2017, queda inferior àquela percebida nos mesmos períodos dos três últimos anos.
“Dentre as atividades que compõem o setor produtivo, as de serviços são aquelas com maior dificuldade em recuperar o crescimento. Além do fraco nível geral de atividade econômica interna, a carência de investimentos, decorrentes das incertezas relacionados ao quadro político de 2018, ainda se coloca como um obstáculo à recuperação das atividades contempladas na PMS, uma vez que a maior parte das receitas geradas tem origem na prestação de serviços entre as empresas”, afirma Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação. Ele explica que, mesmo considerando a preservação do cenário favorável em relação ao comportamento dos preços e aos custos dos investimentos para a segunda metade de 2018, e a menor previsibilidade decorrente das indefinições do quadro político, as incertezas deverão continuar promovendo a volatilidade cambial e inibindo os investimentos.
Diante desse cenário, a expectativa da CNC é de que a variação do volume de receitas do setor de permaneça no terreno negativo (-0,5%).
Fonte: CNC