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Confiança do empresário do comércio no país apresenta nova queda

Assessoria de Comunicação

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09/09/2019 10h09 - Atualizado
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 114,9 pontos no mês de agosto, com recuo de -1,0% em relação a julho. Foi o quinto mês consecutivo de queda, mas, ainda assim, na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi registrada uma alta de +10,8%. Todos os subíndices apresentaram queda mensal, sendo o referente às condições atuais da economia o principal destaque negativo, com 88,1 pontos, único abaixo da zona de satisfação de 100 pontos e maior variação negativa do mês, -1,5%.

“A economia ainda apresenta um ritmo fraco de crescimento e os consumidores seguem cautelosos”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “Isso afeta a confiança dos empresários, principalmente em relação ao quadro atual. Mas as expectativas seguem em níveis elevados, mostrando que o comércio vê uma melhora no cenário de mais longo prazo", acrescenta.

Apesar de ter sido o foco negativo do Icec de agosto, até mesmo o subíndice que mede a percepção quanto às condições atuais da economia do empresário do comércio (Icaec) avançou +20,9% diante de agosto de 2018, evidenciando uma melhora expressiva do cenário atual em relação ao ano passado.

Expectativas

O subíndice referente às expectativas (IEEC) foi o maior dentre os demais que compõem o Icec: 156,3 pontos, mesmo com uma retração de -1,4%. Ainda que o resultado tenha sido negativo no curto prazo, na comparação com o ano passado os empresários mostraram uma percepção mais favorável, +7,9%.

Investimento

O subíndice em relação às intenções de investimento (IIEC) obteve uma variação negativa menos intensa do que a verificada no mês passado, -0,3% contra -1,1%, além de também ter sido a menor dentre os subíndices do mês. A tendência positiva na comparação com agosto de 2018 manteve-se (+7,5%), indicando um ambiente melhor para os investimentos.

“A maioria dos varejistas (65,4%) ainda mantém planos de contratação para os próximos meses, maior do que a proporção do mês anterior, quando foi de 64,2%”, explica Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC, observando que essa foi a única variação mensal positiva em agosto dentre todos os quesitos, tendo também a maior variação anual do subíndice, +10,1%. “Ao mesmo tempo, o percentual de empresários relatando nível de estoque abaixo do adequado nos seus estabelecimentos comerciais (15,6%) aumentou pelo quarto mês seguido, um indício de que eles podem estar mais pessimistas do que deveriam em relação a sua capacidade de venda”, afirma.