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Endividamento e inadimplência recuam em novembro

Assessoria de Comunicação

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07/12/2018 15h12 - Atualizado
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SÃO LUÍS - De acordo com a Pesquisa de EndividEndividamento e inadimplenciaamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), mesmo com a estabilização do nível de endividamento, a inadimplência seguiu recuando em novembro e alcançou uma marca histórica, o menor nível desde julho de 2013. A recuperação do mercado de trabalho e, consequentemente, da renda das famílias, embora de forma lenta e gradual, tem contribuído para a redução do nível de inadimplência, uma vez que as dificuldades de acesso ao crédito têm limitado o crescimento dos níveis de endividamento. Além disso, o nível de famílias que dizem não terem condições de quitar seus débitos no mês, portanto deverão entrar ou permanecer na lista dos inadimplentes, foi de apenas 6,1%, o menor percentual desde abril de 2014.

Tipos de dividas

 

NACIONAL - Apurada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Peic mostra que a proporção de famílias brasileiras com dívidas no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial e carnê de loja, entre outros, caiu para 60,3% em novembro deste ano, comparada com os 60,7% observados em outubro. Também houve redução de 1,9 ponto percentual em relação a novembro de 2017 (62,2%).

A inadimplência também apresentou queda em ambas as bases de comparação. Dentre as famílias entrevistadas, 22,9% relataram possuir dívidas ou contas em atraso em novembro de 2018, em comparação com as 23,5% em outubro deste ano e 25,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo comportamento foi observado entre as famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes: uma queda dos 9,9% em outubro para 9,5% do total em novembro de 2018. O indicador havia alcançado 10,1% em novembro de 2017.

“A queda na inadimplência vem acompanhando um patamar menor de endividamento e a redução do comprometimento da renda das famílias destinada ao pagamento de dívidas. As taxas de juros em níveis mais baixos também constituem um fator favorável a esse resultado. As famílias brasileiras se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento”, diz a economista da CNC Marianne Hanson.

Mais uma vez o cartão de crédito é apontado como principal tipo de dívida por 77,4% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (14,8%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (10,2%).

Nível de endividamento

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas registrou leve queda em relação a outubro, passando de 12,9% para 12,8% do total de entrevistadas. Na comparação anual, a queda foi de 1,8 ponto percentual. Comparando novembro de 2017 com novembro de 2018, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 23,0% para 23,2%, e a parcela pouco endividada passou de 24,6% para 24,3% do total de famílias.

Prazo de endividamento

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,6 dias em novembro de 2018, acima dos 64,2 no mesmo período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 6,9 meses, sendo que 31,6% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 19,8% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Desde janeiro de 2010, a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.