Pesquisa aponta aumento nas vendas para o Dia dos Namorados
A pesquisa de intenção de consumo para o Dia dos Namorados 2016 em São Luís, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), indica que 59,2% dos consumidores ludovicenses pretendem comprar algum produto para presentear em função da data. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado representa ligeira aceleração de 0,34% na predisposição de consumo.
Para a Fecomércio-MA, a persistência de fatores econômicos negativos inviabilizam a recuperação expressiva do consumo. “Se analisarmos as últimas pesquisas para o Dia dos Namorados, verificamos que em 2013 a intenção de consumo ficou em torno de 75%, caindo para a média de 59% nos anos de 2014, 2015 e 2016, após a instalação da crise econômica. De fato, a retração no mercado de trabalho, o crédito mais caro, a inflação em alta e a confiança do consumidor em baixa, contribuíram decisivamente para essa constância nos resultados”, explicou o presidente em exercício da Federação do Comércio do Maranhão, Marcelino Ramos Araújo.
O presidente acrescentou ainda que com o cenário político ganhando novos contornos, vislumbra-se a retomada do crescimento econômico e das vendas para as próximas datas comemorativas. “Se o Congresso Nacional aprovar o pacote de medidas econômicas que está sendo anunciado pelo Governo Federal interino, prevemos o retorno da confiança do setor produtivo, através da volta do investimento privado, fazendo com que o desemprego possa regredir, fomentando consequentemente o consumo e, com isso, as vendas voltem a crescer no segundo semestre com o Dia dos Pais, Dia das Crianças e, principalmente, o Natal”, destacou Marcelino Araújo.
Para o Dia dos Namorados deste ano, o levantamento, que entrevistou homens e mulheres maiores de 18 anos nos principais pontos de comércio na capital, identificou que o perfil do consumidor mais predisposto ao consumo deve ser formado por homens (67,7%), os que possuem mais de 36 anos (65,8%), com ensino superior (61,7%) e renda familiar mensal superior a 6 salários mínimos (75,5%).
Consumo
Entre os consumidores dispostos a ir às compras, 92,3% demonstrou interesse em adquirir um produto, apenas 7,6% dos entrevistados apresentou predisposição para comprar até dois produtos e 0,1% afirmou que deve obter três ou mais itens para presentear. Em relação a 2015, a intenção de comprar apenas um produto manteve-se estável este ano com ligeira redução de 0,1%, enquanto o anseio de adquirir até dois itens avançou 5,5%.
Quanto aos produtos que estão na preferência dos consumidores, os artigos de vestuários mantiveram-se na liderança com 23,4% das escolhas dos ludovicenses, apesar de terem registrado um recuo de 6,4% na comparação anual. Praticamente empatados na segunda posição na lista de prioridades dos consumidores estão os relógios, com 12,7%, e os itens de perfumaria, com 12,5%. Em relação a 2015, os relógios aceleraram 9,5% na preferência, enquanto os artigos de perfumaria caíram 34,2%.
Também compõem a lista de preferência deste ano, os calçados (7,6%), aparelhos de celular ou smartphone (5,4%), flores (4,2%) e jantar ou almoço romântico (4,1%). Entre esses produtos, o destaque foram os calçados que dobraram na preferência do consumidor na comparação anual, enquanto os aparelhos de celular recuaram 47,0% e as flores retrocederam 38,2%.
Além disso, o levantamento indicou que 62,1% dos ludovicenses pretendem celebrar a data de alguma forma, sendo que a própria casa (30,4%) e os restaurantes (28,6%) foram apontados como os locais preferidos para a celebração. Em relação aos gastos para o período, o estudou revelou que o valor médio do presente para este ano ficou em 156 reais e o gasto médio geral da compra, incluindo a comemoração e os presentes, será de 169 reais. Em comparação a 2015, o valor médio do presente cresceu 1,3%, enquanto o valor geral da compra diminuiu 1,7%.
As mulheres aparecem com maior predisposição aos gastos do que os homens, já que entre elas o valor médio do presente ficou em R$ 176 e o valor médio geral da compra ficou em R$ 182, enquanto para os homens o valor médio do presente ficou em R$ 139 e o valor médio geral da compra ficou em R$ 156. Apesar disso, na comparação anual as consumidoras apresentaram reduções de 5,4% e 8,5%, respectivamente, nos valores médios do presente e geral da compra, enquanto os homens apresentaram aumentos de 6,1% em ambas as médias de gastos.
No corte por faixa etária, levando-se em consideração apenas o valor médio geral da compra, a pesquisa prevê que os consumidores de até 20 anos pretendem gastar R$ 134, subindo para R$ 161 entre aqueles de 21 a 35 anos e chegando a R$ 183 entre aqueles com mais de 36 anos. A única faixa etária que registrou crescimento nas intenções de gastos na comparação anual foi aqueles com até 20 anos (5,5%), sendo que as duas outras faixas de idade registraram recuos respectivos de 5,8% e 0,5%.
Na análise por renda, também levando-se em consideração apenas o valor médio geral da compra, verificou-se que entre aqueles que recebem até 3 salários mínimos o valor médio é de R$ 150, subindo para R$ 177 entre que recebem de 3 a 6 salários mínimos e chegando a R$ 218 entre aqueles com renda superior a 6 salários mínimos. As faixas inferiores de renda registraram recuos respectivos de 2,6% e 8,8% nas médias pretendidas para as compras, enquanto aqueles com renda superior a 6 salários mínimos registraram aceleração de 29,0% nas intenções de gastos.
“Temos aumentos nas perspectivas de gastos entre os homens (+6,1%), jovens com até 20 anos (5,5%) e consumidores com renda superior a 6 salários mínimos (+29,0%), no entanto, considerando-se a inflação oficial do país calculada em 9,28% no acumulado dos últimos doze meses até abril, já podemos prever que as intenções de gastar um pouco mais este ano no Dia dos Namorados não terão grande impacto no comércio”, avalia Marcelino Ramos Araújo.
No quesito pagamento, a forma prioritária dos consumidores para este Dia dos Namorados será a modalidade à vista, que foi indicada por 77,3% dos entrevistados, sendo que 53,3% apontou a preferência pelo uso do dinheiro e 24,0% apontou o uso do cartão de débito. Já 27,8% indicaram o cartão de crédito como a modalidade de pagamento principal para a data. Na comparação com 2015, a modalidade à vista registrou crescimento na preferência de 5,5% este ano, com destaque para o pagamento com dinheiro que avançou 43,7%, enquanto o cartão de débito recuou 33,7%. O cartão de crédito manteve-se estável na comparação anual, com ligeira queda de 0,36% na preferência.
Motivação
Quanto aos locais em que os consumidores irão realizar as compras, o levantamento aponta que as lojas de Shopping Center continuam sendo a preferência, com 64,3% de indicação. Em segundo lugar estão as lojas localizadas no Centro Comercial, com 20,1%. Completam a relação de locais pretendidos pelos entrevistados, as lojas de bairro e galerias (8,2%), internet (2,3%) e as lojas de departamento (0,9%). Na comparação com 2015, os shoppings centers apresentaram recuo de 2,4% e as lojas do Centro Comercial caíram 29,9%, enquanto as lojas de bairro e galerias foram os locais que apresentaram o maior crescimento percentual na preferência deste ano com avanço de 32,3%.
“O empresário precisa reagrupar forças e adotar as melhores estratégias, com ações e ferramentas adequadas para atrair a atenção dos consumidores, que esperam uma experiência de compra que alie atendimento e variedade, somada a um bom preço e à disponibilidade imediata do produto. A crise possibilita ao lojista testar e negociar novas categorias de produtos e fornecedores, que aliado a uma boa estratégia de preços, pode gerar grandes oportunidades ao varejista”, destacou o presidente em exercício da Fecomércio-MA, Marcelino Araújo.
Nesse sentido, a pesquisa também apontou quais os motivos que levam os consumidores a entrarem nas lojas e efetuarem as compras. Para 53,4% dos entrevistados, as promoções são os fatores primordiais no momento das compras, já 31,9% deles apontaram os preços como o fator que mais influencia nessa hora. Outros motivos que também formaram a lista de motivações dos consumidores foram as vitrines atraentes (22,1%), a qualidade dos produtos (17,9%) e a variedade (16,5%).
Saiba mais
A pesquisa entrevistou 700 pessoas, entre homens e mulheres com mais de 18 anos, nos dias 18 a 21 de maio de 2016. A margem de erro da amostra é de 3,7% e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. Outros dados do estudo podem ser encontrados no site da Federação do Comércio do Maranhão (www.fecomercio-ma.com.br).