CNC mantém perspectiva de queda do varejo este ano
O volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 0,5% na passagem de março para abril, já descontados os efeitos sazonais, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje (14) pelo IBGE. Com quedas de -6,6% e -4,0% nos segmentos automotivo e de materiais de construção, o varejo ampliado amargou a nona queda mensal (-1,4%) em 12 meses. No acumulado do ano, as vendas registram retração de 6,9% e, no conceito ampliado, o varejo apura recuo recorde de -9,3% nos primeiros quatro meses do ano.
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e turismo (CNC), o comportamento recente do comércio varejista sugere que o período mais agudo da crise de consumo no País ficou para trás. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a variação média dos últimos três meses encerrados em abril (-5,5%) foi significativamente inferior ao do período compreendido novembro de 2015 e janeiro de 2016 (-8,5%). “O processo de desaceleração da inflação já começa a contribuir favoravelmente para amenizar a crise de consumo no curto prazo, mais especificamente naqueles segmentos mais dependentes das condições de renda”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação.
A entidade manteve sua projeção de retração de 4,8% no varejo restrito ao final de 2016 e revisou de -8,8% para -9,4% sua previsão de variação das vendas no varejo ampliado. “Diante deste cenário e da perspectiva de evolução mais favorável da inflação, nos próximos meses dificilmente o varejo deixará de registrar seu pior resultado da série histórica iniciada em 2001”, complementa Bentes.
Fonte: CNC